Drogas sintéticas estão se tornando “comuns” em overdoses: “É uma roleta russa”
Um corpo, um segundo e um terceiro jazem nas calçadas do mesmo bairro no leste de Paris. Na madrugada de sábado, 24 de maio, esses três jovens, cuspidos pela noite parisiense, são salvos in extremis pelos serviços de emergência. Eles são acometidos pela mesma doença, incolor e inodora, contida em um pequeno frasco encontrado com uma das vítimas: GHB, uma droga sintética usada em festas de "chemsex". Uma substância associada, naquela noite, ao consumo de 3-MMC e álcool.
Para Anne Batisse, chefe do centro de monitoramento de dependência química de Paris, essa cena não é surpreendente. Muito pelo contrário, e é aí que reside o problema: "É algo muito comum", diz a farmacêutica, que enfatiza que a vigilância contra overdoses não deve se limitar às festas parisienses. "O fenômeno está aqui, se espalhou por todo o país, impulsionado pela internet, mensagens digitais e entrega em domicílio. A cocaína e os canabinoides sintéticos afetam a todos", explica ela.
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